Um pai foi condenado a 9 anos de prisão depois de abusar da sua filha de 3 anos que morreu de ferimentos horríveis.
Em Brisbane, Austrália, o pai de uma criança de três anos de idade, que ele matou, foi condenado a 9 anos de prisão.
Matthew Lee Williamson, 32 anos, assistiu à morte da filha, Kyhesha-Lee Joughin, com lesões internas ao recusar-se a levá-la ao médico. A menina estava a vomitar e as secreções eram verdes.
O juiz do Supremo Tribunal, Roslyn Atkinson, condenou-o este quinta-feira, a 9 anos de prisão, comparando o crime a uma ofensa violenta grave, o que significa que ele terá que cumprir pelo menos 80% da sua sentença antes da liberdade condicional.
Williamson declarou-se culpado de acusações de assassinato em primeiro grau, com base na negação de assistência médica à pequena, mas nega ter causado os ferimentos fatais.
No entanto, o juiz Atkinson rejeitou a sua negação, Williamson deu golpes no abdómen da filha algumas vezes no dia 28 março de 2013, e perfurou-lhe o intestino.
Durante três dias, Williamson e o seu companheiro de quarto, Christopher Kent, também condenado, tomaram drogas enquanto se recusavam a levar a menina a um médico enquanto a sua condição se deteriorava.
De acordo com o juiz, a sua morte poderia ter sido evitada e as feridas tratadas. Ainda de acordo com o juiz, Kyhesha teve que viver num ambiente depravado e repugnante.
A criança era muitas vezes trancada no seu quarto, por vezes mais de 17 horas por dia.
"A sua maneira de tratar a sua filha era por vezes com amor, mas na maior parte do tempo era cruel e insensível", disse o juiz. "Você pensava no seu bem-estar em primeiro lugar. "
A menina morreu no fim de semana de Páscoa de 2013 no apartamento onde vivia com o pai e com o seu companheiro de quarto.
Williamson não queria perder a custódia, então não a levava a ver um médico, mesmo estando ela a sangrar nas cuecas, desidratada, letárgica e a vomitar verde. Segundo os peritos médicos, os seus ferimentos poderiam ter sido tratados se ela tivesse sido levada ao hospital localizado apenas a 500 metros da residência.
Christopher Kent, que teve uma pena de dois anos pelo papel na morte da menina, testemunhou contra Williamson na audiência, dizendo que o pai costumava bater-lhe e que lhe tinha dito para "esconder o bongo" antes para pedir ajuda após a sua morte.
Williamson negou alegações de abuso, como o uso de brinquedos sexuais na criança, golpes no estômago, ele posou nu com ela e puxou a orelha dela até sangrar.
O pai tinha a custódia total da criança desde que se separou da sua mãe em 2010. O cabelo de Kyhesha tinha sido rapado pouco antes da sua morte para esconder os lugares onde tinha sido arrancado. Durante o julgamento do seu ex-cônjuge, Danielle Joughin culpou-se pelo que aconteceu à filha.
"Eu tive a oportunidade de retirá-la dele, mas ela não queria, porque o amava tanto", escreveu ela no Facebook alguns meses após a morte da menina.